quinta-feira, 31 de maio de 2012

MÊS DE MAIO -MÊS DE NOSSA SENHORA





                            Maria, modelo de contemplação.                         


A contemplação de Cristo tem em Maria o seu modelo insuperável. O rosto do filho pertence-lhe sob um titulo especial. Foi no seu ventre que se plasmou, recebendo dela também uma semelhança humana que evoca uma intimidade espiritual certamente ainda maior. À contemplação do rosto de Cristo, ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de Maria. Os olhos do seu coração concentram-se de algum modo sobre ele já na anunciação, quando o concebe por obra do Espirito Santo; nos meses seguintes, começa a sentir sua presença e a pressagiar os contornos. Quando finalmente o dá à luz em Belém, também os seus olhos de carne podem fixar-se com ternura no rosto do filho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura (cf. Lc 2,7).
Desde então seu olhar, cheio sempre de reverente estupor, não se separará mais dele. Algumas vezes será um olhar interrogativo, como no episódio da perda no templo: “Filho, porque nos fizeste isto?” (Lc 2,48); em todo caso será um olhar penetrante, capaz de ler no intimo de Jesus, a ponto de perceber os seus sentimentos escondidos e adivinhar suas decisões, como em Caná (cf. Jo 2,5); outras vezes, será um olhar doloroso, sobretudo aos pés da cruz, onde haverá ainda de certa forma, o olhar da parturiente, pois Maria não se limitará a compartilhar a paixão e a morte do Unigênito, mas acolherá o novo filho a ela entregue na pessoa do filho predileto (cf. Jo 19,26-27); na manhã da Páscoa, será um olhar radioso pela alegria da ressurreição e, enfim um olhar ardoroso pela efusão do Espirito no dia de Pentecostes (cf. At 1,14).











sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mistica de São João da Cruz (pastorcico)


     A mística de João da Cruz não aliena, ela envolve e nos projeta na vida e nos obriga a sair de nós mesmos. Para encontrar a verdadeira felicidade é preciso encontrar-se consigo mesmo, com Deus e com os outros, para ter o sabor da liberdade.

    Há um poema de João da Cruz que gostaria de colocar aqui: é a sua e nossa biografia. Com toque delicado, João da Cruz, no Pastorcito, nos apresenta quem somos nós e o que queremos.


"Um Pastorinho, só, está penando,
Privado de prazer e de contento,
Posto na pastorinha o pensamento,
Seu peito de amor ferido, pranteando.

Não chora por tê-lo o amor chagado,
Que não lhe dói o ver-se assim dorido,
Embora o coração esteja ferido,
Mas chora por pensar que é olvidado.

Que só o pensar que está esquecido
Por sua bela pastora, é dor tamanha,
Que se deixa maltratar em terra estranha,
Seu peito por amor mui dolorido.

E disse o Pastorinho: Ai, desditado!
De quem do meu amor se faz ausente
E não quer gozar de mim presente!
Seu peito por amor tão magoado!

Passado tempo em árvore subido
Ali seus belos braços alargou,
E preso a eles o Pastor ali ficou,
Seu peito por amor mui dolorido." (Poesia 7)

João da Cruz exige uma leitura atenta, amorosa e repetitiva — pelo menos três vezes — para entrar em sua linguagem amorosa. Afinal, a linguagem do amor, só quem se decide a amar, pode conhecê-la."

 Fonte:  Frei Patrício Sciadini, OCD

Semana de formação com Frei Nelson (de 22 a 25 de maio)





4ª Jornada de Espiritualidade - Monte Carmelo




nada é pequeno onde o amor é grande
(pequena via)

No Peito eu levo uma Cruz -Jornada Mundial da Juventude no Brasil!!.